A ideia de reunir amigos próximos em um só lugar nas redes sociais parece incrível e até revolucionária, não é? Mas será que essa proximidade virtual realmente reflete laços verdadeiros?

A noção de "amizade" tem se transformado, e não necessariamente para melhor. Vamos refletir sobre alguns pontos:

• Uma curtida significa que você realmente se importa com alguém?

• Comentar em uma foto é um gesto especial ou apenas um segundo a mais no feed?

• Uma reação com emoji em um story traduz sentimentos genuínos?

Não quero dizer que essas interações não tenham valor—afinal, as redes sociais fazem parte da nossa vida. Mas quando elas deixam de ser apenas uma extensão do mundo real e se tornam a única forma de conexão, temos um problema.

Conectados, mas distantes

O contato olho no olho está se perdendo, porque sempre há uma tela nos separando. As conversas parecem entediantes porque não dá para acelerar para 2x, como em um áudio do WhatsApp.

Frases como “Ah, mas eu postei… você não viu?” substituem diálogos genuínos.
Temos muitas conexões, mas será que estamos cultivando relações?

Relacionamentos exigem presença, atenção e esforço. Mas, cada vez mais, as amizades se tornam de "baixa manutenção", limitadas a interações rápidas e superficiais.

Claro, nem sempre conseguimos estar fisicamente perto de todos que amamos, e é natural ter amigos que interagem mais no digital do que no presencial. Mas há uma diferença entre manter laços à distância e reduzir todas as relações a curtidas e mensagens esporádicas.

Em algum momento, vai fazer falta a presença de verdade—o abraço num dia difícil, o carinho espontâneo, o café da tarde sem motivo especial.

Que tal sair do piloto automático? Pequenos gestos podem fortalecer os vínculos que realmente importam. Só tome cuidado para não se tornar apenas mais um nome no close friends de todo mundo.